Como prometido, segue abaixo a segunda parte 'adaptada' do texto:
"SKIN PICKING E SUAS
IMPLICAÇÕES ESTÉTICAS", escrito pela MD Luciana Gioia Lauretti Deus.
Esclareço que nesta parte do artigo ela diferencia a dermatilomania, também conhecida como Skin Picking de outros Transtornos:
Há a necessidade de diferenciar o
Skin Picking do Transtorno Factício em dermatologia.
No Transtorno Factício, o paciente
produz intencionalmente sintomas somáticos ou psicológicos. Qualquer órgão pode
ser acometido, entretanto a pele e seus anexos são os órgãos mais
frequentemente envolvidos pela atividade factícia. O paciente provoca as lesões
de pele para parecer doente e receber cuidado e atenção como tal. Ele não tem
consciência das lesões que provoca em si mesmo.
No Skin Picking o paciente tem
consciência das lesões que provoca e não tem intenção de parecer doente. Apresenta-se
como um transtorno “secreto”, onde os pacientes têm vergonha de relatar
abertamente que “cutucam” a pele, mas ao serem indagados sobre os motivos das
lesões, têm consciência de que as provocaram e não raro, descrevem o momento em
que ocorreram, desde que questionadas por sujeito que não pareça querer
“julgá-los” ou “debochar” do seu sofrimento. Por este motivo ainda é um
transtorno pouco diagnosticado e consequentemente permanecendo sem tratamento
adequado.
A
principal característica do Skin Picking é cutucar a própria pele até causar um
ferimento. O rosto é o principal alvo da mania de cutucar a pele, mas outras
partes do corpo também são atingidas. O paciente pode cutucar qualquer pequena
imperfeição em sua pele, como sardas ou pintas, “casquinhas” pré-existentes,
machucados ou “marcas” de acne. Pacientes com Dermatilomania podem usar seus
próprios dedos para “cutucar” a pele, assim como seus dentes ou objetos
pontiagudos, como tesouras, pinças ou outros instrumentos.
Ao
“cutucar ”a pele, estes pacientes podem causar lesões, sangramentos, infecções
e/ou marcar permanentes em suas peles.
Este transtorno pode ocorrer sobre
lesões já existentes ou sobre a pele sadia.
As escoriações neuróticas em
pacientes que não apresentavam lesões prévias são mais comumente encontradas em
mulheres da quarta à quinta década e aparecem mais ativamente durante períodos
de estresse emocional. Já a escoriação de lesões preexistentes (acne escoriada)
ocorre com maior freqüência em mulheres jovens. A maior prevalência no sexo
feminino pode estar relacionada com a preocupação estética, níveis hormonais e
fatores socioculturais.
Estas
imperfeições, alvo do Picking, também podem se apresentar como “defeitos
imaginários”, ou seja, algo na pele que outros não conseguem observar.
Considerada
como um tipo de escoriação neurótica e estando muitas vezes
associada
ao Transtorno Dismórfico Corporal, o Skin Picking tem sido pouco
investigado
do ponto de vista epidemiológico e fenomenológico.
O
Transtorno Dismórfico Corporal é descrito como uma
"preocupação" com um suposto defeito na aparência e, mesmo que uma
ligeira anormalidade física esteja presente, a preocupação do indivíduo é
excessiva, causando-lhe sofrimento ou prejuízo significativo. É um
transtorno mental que se caracteriza por afetar a percepção que o paciente tem
de sua própria imagem corporal, levando-o a ter preocupações irracionais sobre
os defeitos que acredita ter em alguma parte de seu corpo, como por exemplo:
nariz torto, olhos desalinhados, imperfeições na pele e tantos outros.
Bem, por hoje posto apenas essa parte do artigo que esclarece alguns pontos importantes da dermatilomania e a diferencia de outros transtornos 'semelhantes'.
Espero que vocês tenham gostado. Posteriormente, postarei alguns dados estatísticos contidos nesse artigo e deixarei também o local onde vocês podem encontra-lo para ler na íntegra, haja vista eu postar aqui somente as partes mais interessantes e compreensíveis para os dermatilomaníacos 'leigos' no assunto!!
Até mais, beijos,
Priscila